Eu não te fiz lar. Não te fiz
descanso nem porto-seguro. Fingi que fui forte, quando por dentro estava em
caos. Descaso da vida, descaso meu. Não demonstrei como gostava do plural e
restou-me o singular. O ar ficou difícil de respirar. Mas eu continuei. Eu
continuo meio quebrada, meio desajeitada, meio te procurando em cada entrada.
Evito olhar para o meu coração, pois sei que ele ainda bate, mesmo em meio à
dor. Enquanto meus lábios ensaiavam as três palavras e sete letras, quase que
as segurando para não saírem antes da hora, você enxergava a hora... do fim.
Assim, do príncipe sobrou-me resquícios de sapo. Não sei se o que eu vivi foi
fingimento ou realidade. A verdade é que eu também não fui tão entregue, tão
verdadeira... Será que encaramos como brincadeira? Você pediu a minha mão e eu
te dei todo o meu coração.
- Dias depois das palavras acima
-
Desculpa? De você é a culpa. Não
minha. Talvez nossa... Dei o meu melhor, na medida do possível, e levei um fora com motivos que até agora não consigo entender. Mas, se o meu melhor não foi suficiente, talvez o melhor seja seguirmos caminhos independentes.
Procurarei te esquecer. E ainda dói. Sei que por mais algum tempo vai
doer. Mas essa é a vida, o presente, e eu vou viver. Sem stalkear. Sem
bisbilhotar. Sem procurar notícias suas. É um desafio para mim mesma, só que é
preciso. Aspirina não alivia a dor do coração e isso é decepcionante. Ainda não inventaram seguro contra decepção amorosa e isso também é decepcionante. Seguirei. Seguirei tentando enxergar la vie en rose de novo, tentando encontrar novas primaveras, novas histórias sem pontos-finais. Seguirei amando-me mais.
Comentários
Grata por tua visita e tão gentis comentários em meu blogue. Qdo publico novo post, fecho sempre os comentários no anterior para que as pessoas não se dispersem, daí você não ter podido deixar comentário, lá. Não é má vontade, nem ganância da minha parte, mas havia pessoas que comentavam o mesmo post duas e três vezes, sem darem por isso. Assim, "cortei o mal pela raiz", que é aquilo que você deve fazer em relação a esse cara, que te partiu o coração (felizmente que esse órgão não se parte, é de carne e tem 4 "compartimentos" como sabes-rs. Desculpa meu conselho, mas sofrer por amor, não tem lógica.
Adorei teu texto, pois te expressaste de uma maneira mto natural e até racional. De facto, coração e razão não se entendem, mas é preciso dar o fora, de uma vez por todas. És estudante e tens um mundo inteiro à tua frente, em matéria de amores e não só.
Olha que a aspirina, dizem os médicos, previne acidentes cardio vasculares e faz bem ao coração, portanto, podes tomar esse medicamento, sim. Espero que alivies.
Vive tua vida, sem olhares para trás, e espera um novo amor, que te mereça, pois não há amores insubstituíveis. Vai por mim, que já entrei nos 40.
Além disso, e segundo dizes em teu blog, tu não gostas de situações mal resolvidas e gostas de colocar pontos-finais, qdo se justifica. Bora lá, então!
Beijos e dias felizes.
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Não dá para ficar com alguém pela metade, se foi era porque não havia interesse. Vida que segue.
Bjus!
galerafashion.com
Outro dia, alguém me surpreendeu, disse: "acho que você conhece todos os caminhos do coração!..." rsrsr Não, não conheço. Ninguém conhece. Mas algumas coisas principais, menos complexas, a gente acaba percebendo, mesmo que com imperfeição. Uma delas é o foco, outra é a reciprocidade, outra é o tempo, outra é a dicotomia palavra/ação, outra é a construção por prumo, outra é a expectativa real versus a imaginária...
Não deveríamos sofrer nem sorrir pelo que sofremos ou sorrimos sozinhos. Riem e sofrem todos ou ninguém. Nem deveríamos perder o que não perdemos, ou também não deveríamos perder o que mais alguém não perdeu...
O sol não deveria amargar o sumiço de um planeta, porque o sol é o sol, tem luz própria, inunda diversos planetas de luz. O planeta é legal, mas o sol é único.
Doces sonhos, princesa.
Um abraço carinhoso