Me assusta

Me assusta a gente ter fugido um do outro tão depressa. Me assusta essa pressa ter sido a razão da recíproca fuga que nos afastou desde então. Me assusta você invadindo meus pensamentos nesta quarentena. Me assusta ter você na minha insônia o tempo inteiro. Me assusta um passado tão presente. Me assusta você ainda na minha mente. Me assusta pensar tanto no que poderia ter sido, a minha ansiedade com a tua calmaria, teu desespero com minha poesia, a nossa sintonia presente no cotidiano, o teu sorriso em todo canto, passar com você este fim de ano.


P.S.: o sentimento desse susto todo casou com essa música aqui:




Comentários

Jaya Magalhães disse…
Alguns sustos a gente não quer mais sentir. Outros, como o desse texto, a gente quer eternizar. O frio na barriga é poesia.

Mas, no fim das contas, algumas coisas às vezes a gente só precisa deixar ir, pra se assustar com algo novo, que faça sorrir e o sono seja bom.

Li os últimos textos. Feliz em te ter de volta depois desse período de silêncio.

Beijo meu.
CÉU disse…
Oi, querida Gabi!

Um texto excelente e que mostra bem o que vai em seu coração.

Continua amando esse cara na pandemia, longe e perto dele.

Esse seu susto acho que é perene, pois é amor.

Beijos e bom Ano Novo!
Anônimo disse…
Olá Gabi
O amor realmente nos dá belos sustos!
Mas são bons.
Feliz ano novo, abraços!
Adriana Leandro disse…
Sentimentos que a gente não compreende sempre nos causa sustos.
A música é linda demais.
Bjus!

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Anônimo disse…
Gabi, oi, aqui é o Ângelo Feinhardt, do antigo Blog "Luz". Se você um dia vir esse comentário, deixe seu endereço de Instagram. Procurei (bastante) pelo seu nome, mas não achei. Eu visitava sempre seu blog. Nas outras postagens, deve haver vários comentários meus. Espero que esteja com saúde, feliz e abençoada. Abraço!!!