Cavalos e cavalheiro


E então você me encontrou no meio do meu mar de sonhos. Te contei todos, menos que você é um deles. E a gente ficou meio assim. Meio assim e assim e assim. A madrugada passou, o domingo chegou e até agora nenhuma notificação. Perdão, moço. Eu sou tímida e talvez tenha jogado muita informação. Perdão, moço. Tento esconder a emoção com a minha razão, numa tentativa de preservar o meu calejado coração. E você não tem culpa pelos outros que se passaram desde então, a maioria cavalos e você: cavalheiro. Perdão, moço, mas agora parece tarde. O relógio já mudou várias vezes o ponteiro. Já passou até o desespero, só não passou a incerteza do que se será. Já tinha te feito até lar e agora não sei. Eu poderia deixar as chaves na tua portaria pra dentro de mim você fazer moradia. Um dia, talvez.


Foto: daqui

Comentários

CÉU disse…
Olá, querida Gaby!

Que bom ler tuas palavras lá no meu blog! Tu escreves tão bem e sabes encontrar as palavras certas.

Adorei, mais uma vez, teu texto, lírico e inteligente. É tão bom sonhar e concretizar. O moço vai te perdoar, eu sei! Tu has de encontrar o amor, tenho certeza! Infelizmente, o que há mais é "cavalos". Cavalheiros, poucos. Isso! Deixa as chaves lá! Quem sabe, né?

Beijos, querida, com meu carinho sincero.
Adriana Leandro disse…
Seus textos são sempre tão inspiradores.
Nada como demonstrar o verdadeiro sentimento para encontrar o perdão e a compreensão.
Bjus!

galerafashion.com
Inês disse…
Adoro ler o que escreves, é sempre tão bonito! :) Beijinhos
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Eu creio no sonho especial. Que, absolutamente, ele não é mero acaso. Que, separado do “mar de sonhos” de onde o retiramos, ele se faz mar de sonho, mar de si mesmo em nós. Que, à sua praia, podemos viver longos anos felizes. Que esse sonho precisa da chave do coração, para se tornar real exclusivamente dentro dele. Que, impreterivelmente, esse sonho espelhe caráter, acima de tudo, de tudo, de tudo. Caráter. Acima de beleza, acima de educação, acima de genialidade, acima de loucura agradável... Caráter. E é aí que os outros sonhos dos mares infinitos de sonhos se mostram tão menores. E é aí que nos olhamos no espelho sorrindo e a nossa imagem nos sorrindo e nos dizendo: tendeu?! E é aí que não importa o que foi ou não foi, porque chegou o que é, e o que para sempre será. Creio nesse sonho. Em nenhum outro. Beijo carinhoso, cometinha... P.S. Ah, sim, fiz o poeminha, mesmo sem receber a foto. Qualquer hora eu posto Tenha uma semana maravilhosa e até daqui a três meses... See you...
O blogue está belíssimo!!! Parabéns!!!
edna figueiredo disse…
Olá Gabriela,
achei seu texto muito lindo!
Gostei da forma que você se expressa.
Abraços, amei seu blog.