Eu gosto de uma boa pontuação. Na
vida. Na verdade, eu gosto de colocar pontos-finais. Situações não resolvidas
nunca me agradaram. Nunca me senti bem diante de pessoas em cima do muro, de
água morna, de tanto faz. Gosto de tudo que se entrega de verdade e com vontade...
Para ser sincera, reticências não me chamam a atenção. Comportam o mundo e o
nada ao mesmo tempo. E a insegurança? E as entrelinhas? A minha imaginação
enlouquece com gente assim.
Para mim, não há nada pior do que
uma incerteza depois do fim. E você, moço de exatas, me traz tanta incerteza.
Você faz da vida um esconde-esconde. Ora concorda com o não, some, e depois me
procura para um possível sim. Mas lhe falta coragem, né? A ousadia dos homens
atuais se perdeu há muitas gerações atrás (que me perdoem as exceções). E eu
não vou tomar atitudes que lhe cabem.
Enfim, as vírgulas me agradam.
São pausas curtíssimas e necessárias (a nossa pausa, porém, já é um longa). Não requerem prolongamentos indeterminados, viu? Digo, as vírgulas.
Amo os travessões, os parênteses
e os dois-pontos, tão oportunos e detalhistas! O que seria da vida sem os
detalhes? Quanto mais: mais eu amo. Amo histórias ricas de explicações
condizentes. A gente precisa de um bordado bonito nessa vida, de uma cor que está
na tela por uma razão, de um trabalho que tem explicação, de pormenores cheios
de paixão.
E você, moço, é como um
ponto-final misturado com reticências. Como eu disse: não me agrada, me tira do
foco e me faz perder a razão. Veja, eu deveria estar estudando e aqui estou,
falando sobre a pontuação desse meu coração.
Comentários
Não tem nada melhor que um bom ponto final.
Bjus!
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Beijos,
www.thalitamaia.com
A pontuação é tudo! Não chegarei a protestar que não tenha havido uma mínima referência ao melhor dos sinais: a exclamação! Seu texto é tão lindo, é tão linkado, é tão inspirado e inspirador, tão criativo, tão tão, que eu ponho a exclamação por você: que talento você tem!
Como pode um moço de Exatas gostar de reticências?! (Eu ADORO interrogação e exclamação)! Como pode alguém em são juízo concordar com o não, ainda mais se o sim é o que estou pensando, e pelo que uns vinte mil e tantos em vinte mil e tantos sonhariam?! Só dando uma cadeirada nas costelas, para despertar a energia matemática da coragem.
Mas, peço-lhe, não fale mal da reticência! A reticência não tem qualquer culpa dos que a usam sem saber usar! Se reticência de dúvida é enervante, a culpa é do duvidoso, não dela. Não posso crer que seja desprezível a única pontuação cabível nesses trechos: ... há uma coisa no teu sorriso... queria tanto te dizer... há uma coisa no brilho dos teus olhos, na forma do teu rosto... eu posso tentar falar... e não saber... mas, um dia, você vai descobrir... vai ser quando me der a chance de te dizer... e me ouvir...
Você escreve como poucos!
Beijo carinhoso, bons sonhos, Bi.
P.S. – Já pedi uma vez. Não pedirei outra vez. Ponto final, rs.
Toda a pontuação é necessária em nossa vida, mas é preciso saber colocar no momento certo.
Beijos e boa semana.