Daquilo que não se diz


Lembro-me daquele dia em que saímos. Eu treinei como dar as mãos com a minha irmã mais nova, sabia? Porque eu tive medo de tê-las transpirando ou de apertar demais as suas. E desde aquela vez, não soltei mais as suas... até poucas horas depois de terminarmos, por ato falho do corpo que não se comunicou com a razão. Não, não estou remoendo o passado ou me afogando em tudo que poderia ter sido e não foi. A vida deixou bem claro que como casal fomos ótimos amigos. E é disso que eu sinto falta no meu dia a dia. Se você estivesse comigo agora me daria um abraço apertado e um beijo na testa. E eu recobriria as minhas forças imediatamente. Nem toda poesia tem palavras.
Que a verdade seja dita, não costumo dar as mãos para ninguém. Confiança nunca foi o meu forte. Sorte que basta ser para viver e que a amizade de verdade não se esvai.


Imagem: daqui.

Comentários

Érica Ferro disse…
Mãos dadas! ♥
Acho um gesto tão lindo! Não só lindo, mas dá uma sensação tão boa no coração. Mais ainda, é o abraço, que parece que quando somos abraçados nossa alma se encontra com a de quem nos abraça.

Beijo, Gabi. Um abraço!

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Elania Costa disse…
"Como casal fomos ótimos amigos."
Me define.
Mas prefiro achar que existe mais do que isso, e muitas mãos dadas pelo caminho.
oi, linda <3