O meu silêncio é tempestade em alto mar. Não vale o mísero tostão ou o grão que se acumula pela areia. É, somente, mais uma das minhas invisíveis (anti)defesas. É tese antítese, é paradoxo imortal. O calar-me exterior torna-se tumulto interior. Vivo desta triste destreza, mormaço tropical. Introspecção de tudo – do que se fora e daquilo que continua... - no presente presentíssimo. O arrependimento incessante, as vozes que se emudecem frente a outrem e as decepções indo direto à bagagem, situada no canto curvilíneo do coração. Quando será que passarei a interpretar, esvair a timidez e enrijar o eu?
O que dizer, não sei. E o que pensar, tampouco saberei. Apenas serei ou tentarei... aquilo que os meus olhos pesam em palavras pronunciar e simplesmente deixam escapar: a lágrima no delinear duma rosa. A lágrima inaudível, incomensurável, dolorida e inevitável. A rosa da manhã, da esperança que me faz acreditar em tudo outra vez, mesmo que esse tudo não se passe de uma ilusão que me trará espinhos e também, a doce utopia que me fará crer - até na mentira do não saber.
Enquanto perpasso os percalços deste longo caminho, deixarei nesses trilhos descalços, as minhas sandálias de proteção e os pingos que caem em meio a esta minha solidão.
O meu silêncio é flor murcha, rosa sem pétala, vida morta, temor sem frio, rio vazio, natureza escurecida, chuva desvanecida, coração molhado, verão nebuloso... é: lágrima sem sal.
Ah, a lume de que essa timidez e sufoco passarão no próximo alvorecer ainda me aquecem.
Entrelinhas: este blog perdeu-se em meio ao tumulto que é estar no terceiro ano do Ensino Médio, desculpe-me.
O que dizer, não sei. E o que pensar, tampouco saberei. Apenas serei ou tentarei... aquilo que os meus olhos pesam em palavras pronunciar e simplesmente deixam escapar: a lágrima no delinear duma rosa. A lágrima inaudível, incomensurável, dolorida e inevitável. A rosa da manhã, da esperança que me faz acreditar em tudo outra vez, mesmo que esse tudo não se passe de uma ilusão que me trará espinhos e também, a doce utopia que me fará crer - até na mentira do não saber.
Enquanto perpasso os percalços deste longo caminho, deixarei nesses trilhos descalços, as minhas sandálias de proteção e os pingos que caem em meio a esta minha solidão.
O meu silêncio é flor murcha, rosa sem pétala, vida morta, temor sem frio, rio vazio, natureza escurecida, chuva desvanecida, coração molhado, verão nebuloso... é: lágrima sem sal.
Ah, a lume de que essa timidez e sufoco passarão no próximo alvorecer ainda me aquecem.
Entrelinhas: este blog perdeu-se em meio ao tumulto que é estar no terceiro ano do Ensino Médio, desculpe-me.
Comentários
Escreva pra si. Escreva quando der. E peloamordeDeus, volta!
Beijo, florzinha.
Não morra calada. Grite!
Mesmo que os gritos firam os ouvidos de outrem.
Minha cara, tinha alguns textos ali embaixo que eu não tinha lido. Os li e comentei.
Aliás, o blogger não avisou da tua atualizações. Veja que danadinho, rs!
Beijo, Gabi!
Quero chocolate, rs.
Você escreve muito bem!
Sobre o tumulto do terceiro ano, entendo-lhe perfeitamente x.x