
Viaje nas águas do teu rio, ribeirinho. E sonhe com os cristalinos que brilham ao céu noturno, e te lançam os cobertores que aquecem o teu fechar de olhos, no descansar dum dia suado. Imagine as tuas crianças sorrindo à margem daquelas beiras. E repouse os teus pés junto às areias; contenha o pranto, prive-se do esvair... Vá, ribeirinho, o teu caminho seguir. Jamais lance fogo à natureza que te acolhe. Ó ribeirinho, se triste forme casulo no leito do rio que te embala e então, misture as tuas lágrimas com os pingos ao redor, são passageiros e corriqueiros, acredite. Durma ribeirinho, em paz, pequenino. Durma, pois o dia já se fora e teremos outro porvir.
O suposto fim perdeu-se nas necessidades próprias e já não é mais término; é, talvez, uma continuação. (:
Comentários
belo, de verdade.
Bjo
É lindo tê-la de volta, Gabriela.
Um abraço da @ericona.