Da acepção


Os aromas compõem o guardar da infância, e foi assim que a garota das roupas roxas preservou a sua fase de pureza...

Com o passar do tempo os fatos evidenciaram-na que tudo o que se aprende na escola é abstrato, pois nunca entenderia o que simboliza um átomo sem antes lutar com as opiniões alheias, dizendo que essas partículas enfrentaram guerras de espaço e, não podendo ocupar o pretendido resolveram se separar e ficar pequeninas, do tamanho em que ninguém as vê. Desde então, segundo a curiosa menina, elas são livres para estar em todo cantinho, circulando em incontáveis pelo seu corpo e em todos os ambientes.
Lembra-se de questionar por horas o próprio entendimento, porque não lhe cabia ao cérebro o fato de que um “ser racional” utilizou o estado abalado do país que não lhe era de origem, para implantar nos cidadãos o anseio demente de criar uma “raça” universal, composta por indivíduos falsamente superiores. Entretanto, a utopia jazia por ser o alucinado ditador, descendente de judeus.
Neurônios queimaram-se e mesmo em séculos pensantes, restar-lhe-ia somente indignação feroz. Por guerras os seus estudos passam e a certeza berra em sentenças, o homem é um louco por independência e suprema soberania, onde em seu futuro somente enxerga mísera materialidade, ausente da real verdade.
Por passageiras auroras o impulso de abraçar alguém cujo amor inexiste, irrompe as barreiras da timidez e concretiza a carência dum desconhecido. A história lhe ensinou que ainda somos uma colônia, cuja metrópole são os países desenvolvidos de olhos gananciosos e esperteza assustadora. Guarda em si, a ideia de que se for preciso ir até a Amazônia para protegê-la contra os aliados do tio Sam, irá correndo e ainda acampará numa árvore gigante, para não arrancarem-lhe o substrato. Fato que nem índios ou estúpidos americanos bobos impedi-la-ão.
As experiências de sua vida mostraram-na que por um sotaque estrangeiro houve o encantamento duma população inocente, culminando em mortes horríveis. Tragédias e solidão, simplesmente isto compondo a extrema sofreguidão relatada brandamente em infindas páginas de papel concreto.
Mas ela ainda sabia que as lágrimas volumosas despejadas na bacia do Universo humano, de uma singela estudante, não cessariam os conflitos que ainda porventura chocam os olhos com armas de devassidão. Pudera fortemente o sentimento de um pingo, tocar num vil coração. Fazia-se mar de estrelas dentre as batidas do seu coração e aflorava-lhe o impulso de viver por alguma nação.

Continuou andando em passos leves pela calçada da sua rua preferida e pensando na prova que teria amanhã, história contemporânea.


Entrelinhas: ela não pretende em vida, conhecer o que simboliza a insana hipocrisia. Desculpe, política.

Comentários

H L disse…
"Entrelinhas: ela não pretende em vida, conhecer o que simboliza a insana hipocrisia. Desculpe, política."

preciso falar mais algo?!
concordo contigo, adorei o jeito com que abordou o assunto...
*-*
Érica Ferro disse…
"Por guerras os seus estudos passam e a certeza berra em sentenças, o homem é um louco por independência e suprema soberania, onde em seu futuro somente enxerga mísera materialidade, ausente da real verdade."

Clap, clap, clap!

Você é óóóótima, e eu disse isso hoje, já.

Não tenho nem o que dizer, você falou por mim. ;)

Beijo, coração.
Jessica. disse…
own, amei tudo aqui.
mto profundo, sei la, gamei *-*
adooooooooooorei teu blooog, mto liindo *-* o post tbm tá show, beijo
Chris disse…
como você consegue esrever desse jeito? Me passa a receita?