Bad moments, I said


Estou tão desanimada que é como se nada pudesse mudar. Tudo parece dar errado, como uma onda que chegou subitamente e virou um tsunami de diversas emoções. É tão difícil ter que acreditar em coisas positivas agora. Provavelmente, nem mil teorias que fizeram sucesso ajudar-me-íam. É algo inevitável, creio que é o próprio fruto da minha semente. Entretanto, onde posso ter agido dum modo tão incorreto para passar por isso? Se fosse somente com fatos meus seria agradável, num aspecto geral. Contudo, não é assim.
Dizem que o Big Bang originou-se de sucessivas explosões. Essa minha irritabilidade ou qualquer outro nome que possa ser-lhe atribuída, surgiu de inúmeras situações demasiadamente desagradáveis. É como se houvesse alguma conspiração e eu fosse o alvo. É como se eu estivesse numa tempestade e todos os raios se direcionassem para mim. É como estar num mar de alegrias e não poder senti-las. É como se alguém estivesse enterrando todas as coisas felizes da vida. Realmente é algo inexplicável, que meras palavras não passariam perto do significado.
Procuro respostas, quero realmente esperar o sol surgir e com ele, a alacridade voltar. Os meus olhos cansam de parados ficarem, eles insistem em produzir gotas formadas por sal sem fim. A minha mente se cansa aos poucos, será que durante dias próximos possa alguma mudança acontecer? Disseram-me que os passos para uma vida boa se resumem em dois aspectos: pensar em coisas auspiciosas e acreditar. Infelizmente, eu não estou com forças para acreditar e nem enquanto tudo isso não se passar de apenas uma lembrança, eu poderei reservar todas as minhas indagações internas para a positividade. Sei que é cedo demais para ficar assim, a vida está a aflorar-me. Todas as tragédias por mais que derradeiras, sempre têm o seu próprio término, o tempo calará os segundos intensos e reavivará a alegria em mim. Eu preciso ser forte, sei que conseguirei. A fé silenciará o azar da minha sorte.

“ Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!”

Vivendo e lutando, lutando e vivendo. Uma companhia inseparável, porque às vezes a vida nos desafia para os combates.

Fonte da foto: vide este blog.

Comentários

Unknown disse…
Nem me fale em desanimo...minha vida está igual aquelas pirâmides de baralho....um vento...


Bjos...gosto muito essa imagem...
Otávio Machado disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Otávio Machado disse…
Ah, minha vida tá tão... estável. Não pende pra lado algum. A indecisão é meio estranha, acho que mais difícil que manter a alegria ou esvair a tristeza.