
O céu que chora chuvas
desfragmenta-se em gotas,
partículas de um viver líquido
em seu passado-presente temporal.
A gota que se choca
no guarda-chuva preto
choca-se duplamente
pela desfragmentação de sua essência
e pela incongruência do agente que
não guarda, desfragmenta
como se derrotada
como se vencida
em seu leito de chão
como se esquecera
de que tudo na vida
pode ser
desfragmentado
em versos
tornando-se
de gota em gota
a mais bela das
poesias.
(Davi Drummond e Gabriela Andrade)
Comentários
Até me fez refletir aqui...o nome é guarda-chuva ... mas na verdade ele não guarda, ele joga fora. ;~
bjo
POis eu e outra gabi estamos organizando um encontro de blogueiros. aqui em SP. ^^
desfragmenta-se em gotas,
partículas de um viver líquido
em seu passado-presente temporal."
Adorei essa parte. E parece até verdade que o céu "chora".
Abraço.
Beijo :*
Esplêndido poema.
Depois faça-me uma visita se puderes!
Forte abraço.
Fé Fraga